domingo, 20 de abril de 2008

Este é um post sério. Portanto, se estiver a fim de ler sacanagem, veja os posts anteriores. Mas se estiver com tempo e vontade leia este.


Amizade é um negócio meio complicado. Desde pequeno, eu sempre tive a idéia de que eu encontraria amizades que durariam o resto da vida. E, às vezes, isso ocorre na infância. É bem comum a gente ter um amigo que sempre está lá e descobre as coisas junto com a gente. Talvez por isso mesmo a tendência é pensar que ele sempre vai estar lá.


Amizade de infância não tem nem motivo de ser. Interesses em comum são fáceis: desenho, refrigerante, brinquedos e doces. E pronto...compatibilidade perfeita.


Só que o grande problema é o mais antigo dos clichês: o tempo passa, e a gente cresce.
E nem precisa ser muito mais velho. Na adolescência, o negócio vai ficando mais difícil. Você começa a andar com quem tem algo em comum com você e aqueles amigos de antes vão ficando mais distantes.
E mais uma vez você tem a certeza de que as amizades de agora vão durar, afinal, você não é mais criança.


Não há como negar que os laços são mais fortes. E, por isso mesmo, quando eles são desfeitos, é difícil superar. Até mesmo porque os momentos vividos nessa época serão histórias que você contará para outros amigos que descobrir no restante da vida.


O tempo passa e, por razões alheias ou nem tanto assim, você perde alguns amigos pelo caminho por causa de brigas tolas ou mesmo por discussões que você perceberá, mais tarde, eram completamente bobas. Às vezes, você vai se decepcionar com algumas pessoas. Isso é o pior. A cicatriz fica por muito tempo.


Perder um amigo é sempre horrível. Mas é pior quando você percebe que o rompimento é pura questão de tempo. Se preparar pra perder um amigo é algo cruel. Mas, ainda sim, lá no fundo, você acha que as coisas ainda poderão voltar a ser como eram. Essa esperança não vai embora.
E então, de repente, pessoas pra quem você ligava a todo momento, passam a ser "colegas", com os quais você fica até contrangido de encontrar.

Na vida adulta, você encontra amigos de formas que nem imagina.

E, por alguma razão, por mais que o tempo de contato seja menor do que em outras épocas, as amizades florescem de maneiras mais inusitadas possíveis e laços são feitos novamente.


Agora, você já sabe que nem sempre o mais parecido com você é o melhor parceiro.
Mesmo sem saber demonstrar, você sabe dizer, de uma forma ou de outra, o quanto aquela pessoa é importante pra você.


E, às vezes, a distância pode interferir, mas não prejudicar. E cada reencontro é como se fosse o primeiro e último. Você lembra de coisas antigas e quer saber do novo, de novo.



E nos momentos de tristeza, não há o que temer. Sempre tem alguém lá. Ter um amigo por perto numa hora difícil é tão importante pra quem chama quanto pra quem é chamado. De uma forma ou de outra, tem alguém lá. É só chamar.


E eles não páram de aparecer. Assim, do nada, eles surgem. E ficam. Alguns você não seria capaz de imaginar que poderiam ser tão próximos, e hoje não consegue imaginar ficar distante.


Em pouco tempo, novos se tornam bons. E parece que estão ali há anos. O tempo pode passar agora. Os laços continuaram fortes.


E as manias fazem parte. Assim como as loucuras recorrentes.


Assim como as piadas de sempre.


E eles estão em todos os momentos. Em todas as etapas. Nem que seja "só" através do pensamento. "Só" não! Porque, no pensamento, eles sempre estão.


Os amigos permanecem o quanto devem permanecer em nossas vidas. Nada mais, nada menos. Sem remorsos ou arrependimentos. Eles aparecem e vão embora quando tem que ir, e o melhor a fazer é guardar o que foi bom, pois o resto é só o resto.

E assim, de novo, a vida segue.


3 comentários:

Anônimo disse...

Perfeito!!! Adorei o post sério, vc deveria fazer outros desse.

Anônimo disse...

Perfeito!!! Adorei o post sério, vc deveria fazer outros desse.

Anônimo disse...

Pera lá tá! palavras bonitas...
De quem tu plagiou?

Agumas dessas fotos me lebraram um trio...!